domingo, 15 de abril de 2012

Novas ideias na cabeça

Alguns dias atrás, estava vasculhando a internet, como sempre faço. E encontrei um material bem interessante no UOL, com várias fotos de chapéus utilizados em desfiles.

Embora não seja uma tradição na nossa cultura atualmente, usar chapéu é algo bem comum em outros países, principalmente os frios. E há modelos para todoooos os gostos. Do mais clássico ao mais excêntrico.

O modelo Fedora, por exemplo, surgiu no século XIX, nos palcos, quando Sarah Bernhardt o adotou como parte de seu figurino numa peça de teatro. Com isso, tornou-se indispensável para as mulheres da época; depois, aos poucos, foi adotado também pelo público masculino. Esse item clássico já apareceu, inclusive, em filmes muitos apreciados, como o Dançando na Chuva e Casablanca. Aqui tem mais alguma informação sobre o modelo, além de fotos de alguns bem legais :]

Desfile da 2nd Floor - Fonte: Uol


Outro modelo, dessa vez menos convencional, que teve um espaço nas passarelas foi o fascinator. Popularizado por Kate Middleton, atualmente duquesa de Cambridge, o nome reflete realmente o que ele é: fascinante *-*. Menor que um chapéu comum, e maior que uma tiara, a peça pode ser fixada nos cabelos com o auxílio de grampos, pentes, presilhas, ou mesmo tiaras estreitas. Um dos motivos por que as europeias estão adotando o acessório é o preço mais acessível, se comparado aos chapéus tradicionais.

 termo fascinator existe desde o século XVII, entretanto, apenas após o casamento de Kate com o princípe William é que ficou famoso aqui no Brasil.

Abaixo, Helena Bonham Carter e Tim Burton. Ela com o acessório - numa versão muito fofa, diga-se de passagem *-*

Esta versão usada pela Helena, vale ressaltar, também leva o nome de Voilette. A realidade é que Casquetes, Voilettes e Fascinators, são chamados apenas de Fascinators agora, porque este termo se tornou mais abrangente ao passo que se tornou mais popular.

E agora, Kate usando o acessório:


Eu sou fã do estilo da K. Bom gosto e dinheiro não andam sempre juntos, mas ela tem os dois. Sortuda.


 O Capeline, chapéu com abas largas e leves, também é interessante. Dependendo do material, pode ser usado no verão - feito de palha, por exemplo - ou no inverno, como na proposta da Auslander no Fashion Rio, cujo modelo era 'efeito flanela'.

Na foto, desfile da Auslander; a boina, ao centro, também tem aspecto de flanela.


Uma outra boa aposta para o inverno é a boina. Apesar de ter uma origem militar e lembrar muito a carreira artística, hoje em dia é usada por qualquer um. Na foto abaixo, desfile da  Burberry Prorsum, mostrando como esse modelo pode ser usado tanto por homens, quanto mulheres:




Outros modelos de boinas:


Há também a mistura do Fedora com o Capeline, que apareceu no desfile da Ruffian, na Semana de Moda de Nova York desse ano:



Agora, uns chapéus bem diferentes, pra encerrar.



Mais fotos de muitos outros modelos aqui.


O chapéu é um acessório que pode mudar totalmente um look. Por isso, como conclusão, podemos dizer que, sim, essa moda bem que poderia pegar aqui. Mais que um item que remete a classe, é algo incomum, e que, nos dias mais frios, uniria o útil ao agradável. É um fator cultural que nos impede de apostar em um "enfeite" tão versátil. Mas, a cultura se modifica com o passar do tempo, portanto, quem sabe um dia tenhamos um chapéu para cada domingo (pelo menos), tornando nossas 'composições vestuais' muito mais charmosas e exclusivas.

E fascinantes.


 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tirando o planeta do sufoco

 Nesta semana, mais especificamente no dia 04 de abril, uma nova mudança no dia a dia do consumidor ocorreu: Os supermercados do estado de São Paulo pararam de distribuir a sacola plástica.

 A iniciativa foi da Associação Paulista de Supermercados (Apas). Na verdade, tudo começou no dia 25 de janeiro deste ano, entretanto, devido a protestos das indústrias de plástico, a Apas prorrogou o prazo para distribuição gratuita da sacola  até o dia 03 deste mês.

 Enfim, está feito. Agora os consumidores deverão se render às alternativas propostas: sacola reutilizável, caixa de papelão...

 Embora não pareça para alguns, há uma polêmica enorme nessa questão: de um lado, os comerciantes -que acabarão lucrando comisso; do outro, os consumidores - que terão que comprar sacos de lixo adequados, e também investir nas ecobags e procurar caixas ou qualquer coisa para levar as compras para casa; e temos ainda mais um lado: das indústrias que fabricam as tais sacolinhas - que, com a nova medida, perderão algum dinheiro.

 Há quem diga que isso não é uma demonstração de preocupação quanto ao meio ambiente, e, sim, uma estratégia comercial. Mas, por outro lado, milhões de sacolas deixaram -e ainda deixarão- de ser um fardo para o planeta, tal como afirma o presidente da Apas, João Galassi.

 É uma questão muito complicada, mas que deve ser aprimorada ao longo do tempo, e não uma experiência descartada por falta de comprometimento das partes. Obviamente as sacolas não são o único problema do país, há muito a ser percorrido para que cheguemos no nível 'ambientalmente aceitável', pelo menos. Entretanto, embora pareça algo assustador, essa medida já foi adotada por outros países antes, e, adivinhe, as pessoas continuam comprando! Logo, algo que nem existia na vida do consumidor brasileiro há algum tempo, não é motivo para ser objeto de adoração, considerado insubstituível.

 Esse é apenas um passo dado, rumo a algo melhor no país. Contudo, o progresso não é feito de melhorias isoladas, mas sim, de um conjunto de ações que resulta no mais próximo possível daquilo que almejamos. Não basta retirar as sacolas dos mercados, seja no estado de São Paulo ou nos outros. Deve-se ter a consciência de que é necessário, URGENTEMENTE, a implantação da coleta seletiva em todo o Brasil - o que geraria muitos empregos, além dos benefícios ambientais; precisamos também de alternativas para ajudar o planeta que não prejudiquem o consumidor, a começar por incentivos, como por exemplo, distribuição de sacolas reutilizáveis para o consumidor que gastar um valor X no estabelecimento, descontos na compra para aqueles que levam suas próprias ecobags, entre outras coisas; aliás, outro elemento essencial para que todos tenham noção de cada consequência dos seus atos sobre a natureza, é a educação ambiental em todas as escolas (afinal, por que alguém vai querer fazer tal coisa só porque dizem que 'é bom pro planeta'? Não, as pessoas devem ter noção das catástrofes que podem vir por aí. Não é uma questão de assustar as crianças, e sim, mostrar a realidade).

 Outro problema são as críticas à sacola biodegradáveis e afins. E também à reutilizável. Quanto a primeira: não se decompõe em qualquer canto, como pode dar a entender. A reutilizável, segundo uma pesquisa publicada no jornal Folha de São Paulo nesta quinta-feira, dia 05, pode alojar bactérias e fungos. De qualquer forma, é válido ler as dicas simples da página, para que isso não ocorra. Qualquer tecido pode conter micro-organismos; na verdade, todo lugar está infetado de bactérias. Portanto, isso não é motivo para pânico e para não usar os recipientes mais adequados atualmente - e resistentes- para carregar os produtos.

 No passado, todos carregavam cestas, carrinhos de feira...O que vemos agora pode não ser um retrocesso, basta haver interesse dos poderosos em dar continuidade às melhorias que podem surgir a partir daí. Basta haver como incentivo o respeito ao planeta, a vontade de viver mais num lugar mais saudável e menos sujo, como vemos nas ruas todos os dias. Interesses comerciais devem ser deixados de lado, para que a população não seja manipulada pelas decisões de quem tem o poder, mas seja uma aliada no processo que visa o bem comum.

 Talvez seja tarde para que todos os problemas se resolvam na Terra. Mesmo assim, amenizar o caos ao qual estamos indo na direção e mitigar os impactos da humanidade num planeta que é nosso, apenas por enquanto, já seria um alívio e tanto.


Ações em conjunto, conscientização, melhorias ambientais sem interesse e sem prejuízo para ninguém. Essas são as chaves para conseguirmos um lugar melhor para se viver. Não importa o quanto essa qualidade de vida dure; o que importa, é que haja qualidade ao menos no tempo que ainda nos resta.

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