terça-feira, 20 de março de 2012

O novo Código "Desflorestal"

 Desde dezembro de 2011, as mudanças no Código Florestal têm sido como um fantasma rondando a política do país. As pressões dos ambientalistas sobre nossos representantes aumentam cada vez mais, devido ao novo texto conter uma certa dose de impunidade e descaso com nossas florestas.



O Brasil é um país de grande potencial, e pode refletir isso em leis mais rígidas, demonstrando que há justiça em todas as áreas. Trocar a preservação pela rica biodiversidade que há aqui, é, no mínimo, um ato inconsequente. Segundo o jornal Folha de São Paulo, até o secretário-executivo da Convenção da Diversidade Biológica da ONU diz que o Brasil deveria se inspirar no setor ambiental da Costa Rica, país que conseguiu triplicar seu PIB e ainda aumentar sua área de florestas.

Devido a problemas de discordância no governo, a aprovação do Novo Código pode ser comprometida. Embora não seja pelos motivos certos, ganhar tempo, e adiar - até conseguir absoluto sucesso: o veto da presidente - é necessário. Afinal, milhares de ambientalistas no país todo (e até no exterior) estão seriamente preocupados com o rumo das decisões ambientais brasileiras. Que importância tem isso? Ser mal visto na comunidade internacional às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável que ocorrerá no Brasil, com certeza não será nada bom.

 A Rio+20, evento acima citado, ocorrerá em Junho desse ano. Devido a isso, o governo não tem mais interesse em votar o Código neste semestre (mais informações aqui). Mas, até que ponto salvar as florestas que restam no país é menos importante do que 'dar uma de bom moço' pra inglês ver?(Ou mesmo francês, Italiano...enfim, qualquer um dos 193 membros da ONU).

Se essa decisão é por uma questão política, todos ambientalistas, indignados, possivelmente preferirão então que a comunidade internacional interfira, mesmo que não oficialmente, nos assuntos quanto a Amazônia e cia. A soberania nacional deve existir, é claro; no entanto, se as autoridades brasileiras não dão ouvidos à grande parte da população, e insistem num caminho repleto de erros, sugestões de quem "dá" muito dinheiro ao país, serão bem vindas. Cabe ao poder público nacional a última palavra, mas uma série de argumentos a favor do que resta de áreas verdes, num dos únicos países não devastados completamente pela ganância - mas estamos quase lá - deve ser dita sem mais delongas. Mas, claro, que tudo seja feito com base na ciência das consequências, e não no dinheiro que virá pro bolso de cada um.

Se é necessário o progresso, que seja feito do modo certo, não favorecendo a impunidade, e gerando um retrocesso na legislação ambiental, mas, sim, criando oportunidades para quem quer colaborar com um futuro diferente, onde, tal como a proposta da ONU, haja um desenvolvimento sustentável; um país com uma biodiversidade preservada,  é um país visto com bons olhos, e consequentemente, ciente de que há alternativas para crescer, sem persistir em equívocos que não levarão a lugar algum, somente ao arrependimento e ao pensamento de que, um dia, tudo poderia ter sido diferente.

Novo Código Florestal ---> #VetaDilma


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