sexta-feira, 9 de março de 2012

Sem diversificação de combustível, um futuro previsível

 Nos últimos dias, muito se tem visto na tv sobre a crise do combustível na cidade de São Paulo. Um cargo simples, na visão da maioria, sem ninguém para exercê-lo, fez a grande diferença na grande metrópole brasileira. E tudo começou com a proibição da circulação de caminhões num horário específico no município, a fim de que houvesse um trânsito mais 'tranquilo' (ou algo quase próximo disso) nas ruas. Resultado: Caminhoneiros revoltados, falta de combustível, preços lá em cima -para o que restou da gasolina nos postos- e transporte público lotado.

 As boas intenções do governo em aliviar a grande marginal Tietê e proporcionar às pessoas um tempo a mais para investir na qualidade de vida, não saíram como planejado, é claro. Mas, fato é que, toda história tem dois lados. Entretanto, é mais sensato não tomar partido algum, e prender-se apenas aos fatos.

 Não tendo gasolina para abastecer os carros, a solução para a população foi utilizar os metrôs, ônibus, táxis...E, cá entre nós, o transporte público não dá conta nem dos que o utilizam todos os dias, imagine, então, adquirir novos frequentadores? Como ambientalista, devo dizer: todos deviam usar sim o transporte público no dia a dia, salvo aqueles que têm mesmo a necessidade de trabalhar com o carro. De qualquer forma, se assim fosse, o sufoco no dia a dia do paulistano seria, ao menos, diminuído -pois, claro, há teimosos por aí, e muitos. Porém, para que todos utilizem o tal transporte, é necessário QUALIDADE. E alta. Afinal, a solução não é óbvia para um país que tem a economia em crescimento e vai sediar futuros eventos esportivos internacionais? Aliás, devo acrescentar, se não há transporte suficiente nem para os pobres brasileiros na maior cidade do país, imagine para os estrangeiros...

 Outra questão quanto a esse assunto é o desrespeito ao consumidor. Ele, nada tem a ver com a falta de combustível, mas, sem opção, acaba tendo que pagar um preço abusivo pelo combustível, que os donos dos postos estipularam. Isso quando ainda há gasolina no local, claro.

 E quanto ao problema com os caminhoneiros? Bem, por uma decisão da justiça (e uma ameaça aos Sindicatos envolvendo multas), os trabalhadores voltaram às atividades.

 Segundo o jornal Folha de São Paulo, a restrição a caminhões, apesar de toda essa confusão, melhorou o trânsito já na primeira semana.

 Com tudo isso que ocorreu, dá pra se ter uma ideia do que será quando a gasolina acabar. Mas será que é mesmo necessário tanto 'barulho' por esse motivo? Afinal, com tantas possibilidades de combustíveis disponíveis num país como o nosso, por que se prender a uma só?Ou duas, que seja.

 Não é tarde demais, mas é óbvio que é extremamente necessário o Brasil continuar investindo em pesquisas, e por em prática o uso da biomassa como combustível! Porém, vale ressaltar, pelos meios certos, e não usando isso como desculpa pra desmatar o pouco que ainda temos de matas por aqui. Tampouco para alegar que a fome aqui vai aumentar devido à produção de milho, cana...a fim de que sejam a matéria prima do que vai mover os carrinhos por aí. E se, esses dois fatores ainda forem empecilhos para não investir em algo diferente, que fique claro: é possível gerar biocombustível até a partir do lixo. Enfim, não há desculpa, e é necessário reconhecer que isso sim pode ser a solução.

 Inovar é necessário. Não depois. Agora.

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