Foi nessa quarta feira, 13, o início da tão esperada Rio +20, Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. Contando com a presença de chefes de Estado e também de representantes da população, o evento acabará somente no dia 22 de junho. Ou seja, temos alguns dias para alimentar essa expectativa de que decisões importantes sejam tomadas, e que o consenso em pontos polêmicos finalmente surja.
Embora divergências sempre tenham existido quanto a esses assuntos - tais como os que alegam que o "aquecimento global é um mito" - a única maneira de haver um desenvolvimento sustentável em nível global é por meio de um acordo entre todos os países, desconsiderando, por um momento, o que é emergente e o que não é.
Muitas mudanças ocorreram de 1992 pra cá, portanto, antigos conceitos devem ser deixados de lado, visando um bem comum. Discussões sobre quem deveria fazer mais ou não, devem ser baseadas na realidade atual, não na obsoleta Eco 92 - que, embora tenha feito surgir algum resultado, já está, de certa forma, ultrapassada.
Fato é que, independentemente de suas posições na economia mundial, todos dependem dos mesmos recursos para continuar a se desenvolver, para garantir sua sobrevivência, e manter o respeito a todos os outros seres vivos.
A opinião do povo, e evidências de 'catástrofes' - não só as explícitas - devem ser levadas em conta mais do que nunca. Na era digital a demonstração de opiniões é abundante. Informações novas vêm a cada minuto em todos os sites. Assim como na polêmica da reformulação do Código Florestal, o povo tem em suas mãos, literalmente, o poder de comentar sobre o que acha sobre tal assunto, se aprofundar sobre as causas e consequências dos documentos gerados pelas conferências, desde 1972.
Enfim, a internet é uma grande aliada para a população. A imprensa é uma boa colaboradora: é os olhos e ouvidos de quem não pode estar no local para captar cada detalhe. E os poderosos de todos os países, os poucos que definem o destino de toda a humanidade, devem saber agir e ouvir. Agir com precaução, ser realista; entender que tudo não faz parte de um discurso ambientalista extremista, mas, sim, que são alertas para que medidas sejam tomadas, metas estabelecidas, visando um "envelhecimento melhor do planeta".Ou "menos pior". E ouvir cada pesquisador que relacionou uma causa e uma consequência, oriundas da ação humana, sobre um planeta que não será nosso pra sempre; ouvir a população, pois a ação de todos os indivíduos resultará numa maior; e ouvir o próprio instinto de sobrevivência, afinal, antes de 'poderosos', todos são humanos, e compartilharão da mesma falta de água e do mesmo ar 'tóxico'.
Mais uma vez, insiste-se na questão de que, desenvolvimento não é o oposto de preservação ambiental. Um equilíbrio seria muito mais lucrativo para todos, seja economicamente, em qualidade de vida, ou na ausência de gastos inúteis com correção, ao invés de prevenção. Grandes mudanças estão relacionadas com tudo o que nos cerca, tudo tem uma ligação.
Assim, antes de se preocupar com velhos conceitos, competição no mercado e soluções mágicas para daqui a 70 anos, é válido lembrar que o acesso a produtos 'amigos da natureza' deve ser trabalhado; os impostos devem ter um investimento correto, pois isso também refletirá em melhorias ambientais; e a educação tem uma enorme importância para que tudo não tenha sido em vão.
Boas ideias até existem. Só é preciso saber organizá-las, e deixar o EU de lado, afinal, NÓS é que dependemos desse planeta.
"É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve."Victor Hugo
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