terça-feira, 27 de novembro de 2012

A sobrevivência do mico-leão-dourado

 No último dia 24, o jornal O Estado de São Paulo retomou um assunto que era febre nos anos 90: o risco de extinção do mico-leão-dourado. E a matéria veio com a boa notícia: a população da espécie cresceu no país.

 A perda de seu habitat, ou seja, a diminuição da área disponível para que possa viver na Mata Atlântica, mais especificamente no litoral fluminense, gerou uma séria preocupação na população e em entidades ambientalistas na década de 1990. Por ser um animal endêmico, ou seja, que só existe num determinado lugar, a extinção seria catastrófica.

 O número já chegou a 200 indivíduos, devido à redução dos remanescentes para 2% da vegetação original no local; nessa época, a espécie foi considerada criticamente ameaçada de extinção. No entanto, recentemente, foram contabilizados 1700 micos. Uma melhora e tanto, embora muitas atitudes ainda devam ser tomadas.

 O resultado atual se deve a estudos de reprodução e comportamento, e reintrodução de indivíduos na natureza. A recuperação do habitat também tem sido um passo importante: a oferta de área para o mico viver, aumentou em 140%, desde que os trabalhos para sobrevivência da espécie começaram. A participação dos proprietários de terra na região também foi essencial: ao concordarem em não desmatar sua área, transformaram-nas em Reservas Particulares do Patrimônio Nacional (RPPNs).

 Todos os esforços são necessários, vistos que o mico-leão-dourado é um animal exigente, e precisa de pelo menos 50 hectares para viver com toda a sua família.

 Os resultados nos mostram que ações de todos os lados são bem vindas, e fazem uma grande diferença. A mobilização da população, tal como do governo e de entidades, é fundamental para que se atinja objetivos como esse, vale ressaltar.

 Nós sempre esperamos um mundo melhor. Mas o pensamento só se torna nobre quando tentamos melhorar a Terra não só para nós mesmos, mas para todos os seres que nela habitam.



domingo, 25 de novembro de 2012

A busca pela liberdade

 Mais que temas de músicas ou filmes, a liberdade inspira guerras e protestos mundo afora. Mas o que é a liberdade?

 Todos almejam, poucos conseguem. Ou talvez nenhum consiga plenamente. Muitas batalhas já ocorreram visando a conquista de tal privilégio. Muitos morreram sem obter sucesso. Mas o fato é que a liberdade é algo bem mais amplo do que se imagina. Porém, não cabe descrevermos minuciosamente tal coisa aqui, pois um sociólogo ou filósofo o faria bem melhor.

 Atualmente, a democracia e a ideia de liberdade de expressão trazem a ilusão de que estamos num mundo livre. Mas, na prática, não é bem assim.

 A censura está presente em todo lugar. Países tradicionais deixam isso mais claro, mas os falsos 'moderninhos' também são adeptos de tal ação. Só que escondem.

 Não só as ditaduras que aconteceram são um exemplo disso, mas, atualmente, críticas ao governo e aos poderosos também são repreendidas, verbalmente ou não. Vemos isso aqui no Brasil, e recentemente na Argentina também. Além, claro, do agitado Oriente Médio.

 A imprensa é o principal alvo dos que tem o mundo em suas mãos, pois tudo quer mostrar, e, no entanto, deve se limitar ao que eles aceitam que seja publicado. E, quando isso não acontece, aparecem processos e mais processos.

 Liberdade não envolve apenas o mundo jornalístico e da propaganda. Envolve pensamentos, cultura, ações. Liberdade é mais que a carta de alforria conquistada há mais de um século, é mais que a vitória sangrenta que livrou um povo da submissão. Libertar-se não depende apenas do outro, mas também de nós mesmos. Pois nossas ideias e aquilo por que lutamos ou não, nos prendem ou nos levam um pouco mais perto daquilo que entendemos por liberdade.

 Mas isso é uma coisa que não se define com precisão, não se explica claramente, e não se entende perfeitamente.

 Liberdade é o tudo e talvez o nada. Liberdade é um estado de espírito.



Dublado ou Legendado?

 Essa é uma questão que muitas vezes vem à mente daqueles que vão ver um filme.

 Seja no cinema ou em casa, filmes ou séries, há sempre a questão da escolha do idioma. Uns não se importam, qualquer coisa está bom. Outros fazem questão de ver dublado, pois têm preguiça de ler, ou estão acostumados. E há ainda o grupo que prefere ver legendado, pois assim dá pra notar cada detalhe da voz verdadeira do ator: sotaque, tom, velocidade da fala...

 Eu faço parte do último grupo. A voz original do ator traz um ar de naturalidade à obra, além de evitar aquela coisa desagradável de lábios que se mexem quando a fala já acabou. Típico. Mas, claro, há exceções: clássicos ou desenhos, podem ser muito bem aproveitados mesmo dublados. De fato, desenhos dublados são melhores, porque podemos reparar em toda a arte que o envolve, todos os movimentos, cores, e simpatia dos personagens.

 De qualquer forma, a onda dos filmes e séries dublados aparentemente vai dominar o mundo. Cinemas dão grande preferência pra exibir filmes assim, canais de tv a cabo tentam se adaptar a nova classe social, e colocam grande parte da programação com idioma português. Mas, onde fica a opção de assistir produções legendadas?

 Não digo que filmes dublados devem sumir do mapa, ou das telas, melhor dizendo. Mas oferecer a opção ao cliente, de escolher entre os dois idiomas, deveria ser algo obrigatório. A adaptação aos novos clientes, é besteira: é supor que os que vêm agora, não sabem ler, ou simplesmente, não gostam de ler.

 O que pode ser verdade até, mas não uma verdade total. Há exceções. E se pagamos por isso, a minoria também deveria contar.

 Não sei se por hábito ou preguiça os brasileiros assistem mais o que é exibido na língua materna. De repente é por não desgrudar os olhos da novela, ou por ficarem acomodados. O fato é que não ler as letrinhas na parte inferior da tela, alegando que não gosta de ler, e que perde a 'parte visual' da coisa, é bobagem. Tal como dizer "estamos no Brasil, oras!".

 As fronteiras se dissipam a cada dia que passa. Acreditar que não há troca de informação cultural entre os países, é ilusão. Assim, por que não aceitar as mudanças, a entrada de material artístico de outros países no Brasil, com sua própria língua?A internet facilita nessa questão, atualmente. Mas, ainda assim, outros meios deveriam seguir o exemplo: duas opções para que os clientes decidam o que é melhor.

 Padronizar séries e filmes como novelas, nunca vai ser a mesma coisa. O português deve, de fato, ser valorizado, mas colocá-lo onde não existe inicialmente, é produzir um conteúdo artificial.

 E se mesmo com o idioma desejado o longa soar estranho, aí só resta trocar de canal. Enquanto ainda temos essa opção.







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